Festa de amor
Se eu pudesse fechar o tempo,
parar no espaço
no azul,
naqueles olhos que pararam a tarde,
que sumiram nas ruas.
Ah, se eu pudesse retê-los
fitos aos meus,
molhados pelo tempo,
calados pela vida,
silenciosos pelo desejo.
Se eu pudesse fechar o azul,
beber sua doçura
na taça do seu seio,
rolar meu rosto
no baile da sua boca,
pisar seu pé no cansaço do amor
e retirar meu corpo no instante,
no preciso momento
que cai do azul a lágrima do desejo
vencido,
traído pela paixão.
Se eu pudesse...
você não estaria em segredo,
no medo,
no silêncio que sobe ao azul,
na prece que abraça.
Se eu pudesse...
a vida não estaria aqui
dependurada por um fio
que se queima pouco a pouco
na fumaça que vai ao azul.
Se eu pudesse fechar o tempo,
parar no espaço
no azul,
naqueles olhos que pararam a tarde,
que sumiram nas ruas.
Ah, se eu pudesse retê-los
fitos aos meus,
molhados pelo tempo,
calados pela vida,
silenciosos pelo desejo.
Se eu pudesse fechar o azul,
beber sua doçura
na taça do seu seio,
rolar meu rosto
no baile da sua boca,
pisar seu pé no cansaço do amor
e retirar meu corpo no instante,
no preciso momento
que cai do azul a lágrima do desejo
vencido,
traído pela paixão.
Se eu pudesse...
você não estaria em segredo,
no medo,
no silêncio que sobe ao azul,
na prece que abraça.
Se eu pudesse...
a vida não estaria aqui
dependurada por um fio
que se queima pouco a pouco
na fumaça que vai ao azul.