À PAIXÃO DO VERBO AMAR
Que seja,
a intuição diz:
não há como racionalizar,
ou configurar a medianiz
de um amor aceso,
ascendido,
transcendido além de uma vida.
Todavia,
no átimo
de duração da ansa
às deliriosas agonias,
ainda venera a quem afeiçoado,
naquelas profusões açodadas eternas
às vistas,
num tempo,
demasiado sadias.
Agora,
se o óbito é o que resta,
siga-se à libitina,
Ulterior ao seu “fim",
perdura no espírito
tamanho júbilo,
a grassar devoto
de quem ama,
levando graciosas lembranças,
da consciência amada
consigo.
Quando não assim,
o amor
se autocontradiz.
Não,
não divago só...
só sobre a paixão!
Paixão é química,
cálidos conflitos de peles,
fragrâncias,
cheiros,
toques,
flamas,
fluidos,...
a ignição do verbo amar.
Vire essa chave ainda hoje,
veremos no que dá!