Amar é
O amor é uma quimera
Um sonho em febre
Um até breve num aceno
Um doce poema que se inscreve,
N’alma, feito veneno
O amor é um nó que se atreve
Um sussurro medroso
Uma sempre desesperança
Um se estar cansado em repouso
E quando enfim a paz alcança
Voltar a padecer no gozo
Verter a taça da morte
De sorte que não pereça
E quanto mais se padeça
Mais ainda a anele
Amar é sempre estar no limite da pele
No fim de toda força
Chorar, chorar, chorar
Mas ainda que lhe não reste voz
Mesmo assim, sangrando por dentro
Querer estar perto
Querer ir vivendo