Devaneios Solitários
E eu avistava você deveras longe
No meu sono intranquilo circulando
Implorando-me num silêncio ininterrupto
Sentindo a falta do que nunca possuiu
Desejos proibidos compartilhados sem as mãos
O beijo profundo e sedento dos pensamentos
A hora em que a alma dilacera e se encerra
Gritando desesperadamente por sua metade
Que distante se recontorce ávida e vazia
Faltando um crucial e indispensável pedaço
Composição flamejante dos corpos etéreos
Sonhando com o toque inevitável esperado
A soma dos olhares mais o gosto dos desejos
Que circundam vontades guardadas a tantos
No caminhar das horas sem expectativas
Sem a certeza do encaixe quase perfeito
Universos enfermos desconexos buscando a cura.