Devaneios Solitários

E eu avistava você deveras longe

No meu sono intranquilo circulando

Implorando-me num silêncio ininterrupto

Sentindo a falta do que nunca possuiu

Desejos proibidos compartilhados sem as mãos

O beijo profundo e sedento dos pensamentos

A hora em que a alma dilacera e se encerra

Gritando desesperadamente por sua metade

Que distante se recontorce ávida e vazia

Faltando um crucial e indispensável pedaço

Composição flamejante dos corpos etéreos

Sonhando com o toque inevitável esperado

A soma dos olhares mais o gosto dos desejos

Que circundam vontades guardadas a tantos

No caminhar das horas sem expectativas

Sem a certeza do encaixe quase perfeito

Universos enfermos desconexos buscando a cura.

Nelciene Santos
Enviado por Nelciene Santos em 15/05/2020
Código do texto: T6948353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.