Brinde
Leva de leve o bate e rebate
que explode em meu peito,
que clareia a noite,
brilha no espaço, única luz
que atrai, seduz,
burila seu corpo no compasso,
no trecho do pequeno quarto.
Leva de leve a carne do beijo,
o lábio sem movimento, calado,
colado,
retido pelo mel,
e antes que a limpidez do véu
recubra seu pano,
acaricie a tecla do piano,
faça uma sinfonia
sem o toque sinfônico,
tire da boca o sorriso irônico
e me leve ao beijo.
Leva bem de leve
pelo abraço, ao contorno do banheiro,
feito sem espaço
para dar, receber, esbanjar amor,
mas, quero, junto do banho,
perto de você,
correr água quente,
acontecer de repente,
envolvido em toalhas,
sem saber o que são migalhas,
buscar o todo de tudo.
Leva, leva de leve
a taça de champanhe até a boca,
antes, bem antes do beijo,
na ilusão louca
de estar ladeando tudo,
desperto para a vida.
Leva de leve o bate e rebate
que explode em meu peito,
que clareia a noite,
brilha no espaço, única luz
que atrai, seduz,
burila seu corpo no compasso,
no trecho do pequeno quarto.
Leva de leve a carne do beijo,
o lábio sem movimento, calado,
colado,
retido pelo mel,
e antes que a limpidez do véu
recubra seu pano,
acaricie a tecla do piano,
faça uma sinfonia
sem o toque sinfônico,
tire da boca o sorriso irônico
e me leve ao beijo.
Leva bem de leve
pelo abraço, ao contorno do banheiro,
feito sem espaço
para dar, receber, esbanjar amor,
mas, quero, junto do banho,
perto de você,
correr água quente,
acontecer de repente,
envolvido em toalhas,
sem saber o que são migalhas,
buscar o todo de tudo.
Leva, leva de leve
a taça de champanhe até a boca,
antes, bem antes do beijo,
na ilusão louca
de estar ladeando tudo,
desperto para a vida.