A TODAS AS MULHERES QUE AMEI
Amei
a todas as mulheres
que passaram pela minha vida
sem exceção.
Amei
e não foi pouco.
As loiras, morenas, ruivas, pretas
amei.
Foi intenso. uns duradouros,
outros foram só cócegas do tempo
mas que abrilhantaram o escuro
de minha alma.
Para todas elas fui poeta.
Poeta que grita de amor pelo silêncio
dos olhos.
Poeta de esquina. Que não sai e
não se deixa sair, mas que ama
e sofre por dois.
A todas elas chorei quando tive de chorar
Briguei quando julguei certo e no fim estava errado
Deixei em cada uma a lembrança do bom
e o ruim.
Algumas pendurei a aliança e outras,
nem sequer tive tempo de pendurar.
Eu não perdi amor, eu ganhei
E se elas julgam que perderam, é porque
não amou, como eu amei.
Todos os dias eu amo alguém e às vezes
esse alguém, nem sabe que foi amado
Já que somos tão robôs. Perdemos tantas vezes
a noção do tempo que quando nos damos conta
o tempo já tem passado e a morte chegado.
Aprendi que o amor é uma gota de lágrima
que cai a cada perene chorar;
Que o amor é uma conspiração de outros novos amores
Que todos os dias brotam e morrem pelo o mundo a fora
E as vezes, ninguém sabe.