O jogo interminável
E abri os olhos depois de uma conversa com o Amigo.
O caderno e a caneta dele acabou de ser guardados na sua gaveta.
Ele me ouviu todo o tempo sem sequer me interromper.
Sorrisos discretos desenhavam seu rosto.
Eu só lhe podia perguntar:
Sabe de algo?
Ele me despediu e deixou reticências no meio da nossa conversa.
Temo o jogo interminável!
Meu amigo ja sabe.
Posso tranquilizarme.
Ele não o faria.
Mas meu amigo que escreve me ensinaria.
Por favor Não!
Lhe implorei.
Me deixe correr da atenção, me faça blindada a frustração.
Temo o jogo interminável!
Ela me chamou para conversar e me perguntou:
Por que não?
Me falou mais sobre as ironias e desconstruções do amigo escritor.
Seu humor é muito interessante, confesso!
Ele subiu, eu subi.
Ele tremeu, eu tremi.
Ele cantou, eu senti.
Ele falou, eu sorri.
Ele orou, eu entendi.
Ele Amou, eu o segui.
Bem vindo ao jogo interminável!
Você sabe exatamente o que está fazendo não é?
Aqui o sistema nervoso é reprogramado.
Nervos ordenam os músculos que fazem latir o coração.
Tão intenso quanto minhas emoções,
o maestro rege a canção.
Eu corri para o Amigo,
precisávamos conversar.
Por que eu estou aqui?
Eu temo o jogo interminável.
Ele me olhou e disse:
Sorria minha menina!
Disfrute da minha obra prima.
Essa história me tomou tempo e atenção.
Tudo isso fala mais de mim do que de você.
Me chamam Amor, não frustração.
Sorria minha menina!
Essa é minha criação!
As reticências vazias ganharam voz.
Eu sabia o que você precisaria.
Conselhos que te fariam caminhar.
Projetos que te fariam sonhar.
Poesías que te fizessem delirar.
Companhia que te faria suspirar.
Pedi para esperar, ele esperou.
Eu temia, ele confiou.
Ele me Amou, eu me questionei.
Ele insistiu, eu o Amei.
O que era um Jogo de vaidades, agora se chama projeto eternidade.