Minha alma, minha calma...
Se me olhas através da escuridão
Logo vê-me a te contemplar...
Lá estou a buscar em ti inspiração
E também memórias resgatar...
Me espia através do tempo...
Numa eterna busca por resposta
Nada te serve de alento...
E tua alma se encontra exposta...
Contemplo tua face iluminada...
Por entre nuvens e estrelas frias
A minha paixão está procrastinada...
Perdida em meio a tanta idolatria
Me perco em tuas fases diversas...
Enquanto brincas com tua chama
Seria à mim, uma licença perversa...
Dizer o quanto tua luz se derrama
Vives para que não se perca de mim...
Nas inúmeras vindas deste mundo
Teme que não te reconheça assim...
Ainda que eu seja o seu vagamundo
Tenho sido à ti a falta de tua calma...
Pois venho e vou num tempo eterno
Sei que nossas vidas são almas...
Que amam verão e também inverno
Ainda sim, desta maneira somos um...
Que não pode do outro prescindir
Sou nobre guerreiro filho de Ogum...
Cujo brilho teu sempre irei refletir