INFINITAS LEMBRANÇAS

Suavemente adentrei outra

vez naqueles acontecimentos

que deixaram marcas, e,

embora inumados no tempo,

vez ou outra, trazem infinitas lembranças.

O nosso primeiro encontro, os

momentos diligentes que passávamos

lado a lado, sempre tão comemorados,

sempre tão ornamentos com flores.

Os teus pensamentos eram meus,

como os meus eram todos teus,

nada, mais nada fazíamos separados.

Súbito, por mãos desconhecidas,

foi pintado sobre uma tela, os

primeiros desencontros, as primeiras

lágrimas, tudo continha pinceladas

com tinturas de diferentes tonalidades.

A partir daí, um vácuo, um

abismo a nos separar, mãos desajuntadas,

pensamentos distantes, o tempo cansado

não dava vazão ao que lhe fora ordenado.

Acabaram-se as juras como a

paixão desenfreada, tudo o que

foi nosso, acabou embrulhado e

esquecido em algum lugar do passado,

mas, vez ou outra, ainda trazem infinitas lembranças.

Wil
Enviado por Wil em 15/10/2007
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