UM SONHO
Amparar agraciados pelos anos de vida
Enfraquecidos pela invisível ferida
Da discriminação.
Um abrigo, um “umbigo” de ligação.
Uma casa hospitaleira, um lar.
Uma troca de amor, um cuidar.
Um sonho de criança, uma emoção.
Necessária estrutura
Logística distante
Burocracia irritante
Só o sonho atura.
Enquanto não posso realizar...
Guardo a esperança de construir,
D’esse meu sonhar.
Um lar de ‘velhinhos’ e ‘velhinhas’,
“Crianças” vividas
E esquecidas
Por falta de amor.
Se esse sonho
Eu não puder realizar,
Então ofereço
O meu coração como lar.
Ênio Azevedo