Ingenuidade


Eu sei,
existe um fascínio
dentro daquelas noites,
perto da chuva que colou suas vestes,
denunciou seu corpo,
alucinou minhas ausências
e propagou estrelas,
que viram,
brilharam.
O exercício foi feito,
o peito rolou ao meu
se fez a espera,
as contas azuis correspondiam a lua,
um só rútilo perto da chuva,
na fantasia nasce o amor.
E bem junto ao outro lado da noite
existem os primeiros raios do dia,
no fascínio das manhãs
as promessas, quase, ligeiramente vãs,
fazem fugas
nas nobres rugas
que dobram a testa
e se estendem pela estrada,
para mais uma busca.
Talvez, perto da chuva,
dentro da noite,
ao encontro da espera
para mais um caso de amor,
onde as causas se fundem ao corpo
tão bem denunciadas pelas vestes,
torne-me confuso, para terminar
tanto fascínio nos sonhos.