Outra vez




Quero,
quero a paz
que rasteja pelo chão,
abaixo da procura de tantos
que aspiram,
buscam pelos prazeres,
sem fé,
sem os ombros sofridos,
sem o peso da solidão,
moradia indecisa
que vagueia, desliza
até meu quintal,
vegetando a fundo
neste poço de amor,
sensibilidade, dócil e arquejante,
um viajante
que fraquejou uma vez mais,
mais uma vez se fez dominado
pelo cobiçado,
pelo perdido sonho
de ter, de possuir
sem querer deixar escapar,
fugir
a própria vida,
rejeitada sombra de uma mulher,
sem querer inda menina,
doce pupila dos meus olhos,
janela para minha vida.