Memórias




Pelos silêncios
os caminhos de dias,
noites sem sons,
sem ruídos pelas ruas,
sem causas exatas
nem concretas, apenas você.
Pelos sons,
meus silêncios reclamam,
são nuas
as ruas,
todas sem ruídos
tudo delirante,
pelos espaços fixados nas calçadas,
vazias, desbotadas,
quase escuras,
imperfeitas pelo pó,
pelo silêncio que foge,
dispara contra as luzes,
dentro da memória
transitória,
em quadrinhos, falsifica,
forja,
torna-se cúmplice
dos silêncios das minhas ruas,
das noites nuas,
que seguro já com mãos cansadas.