Eu te amarei para sempre
Eu te amarei pra sempre
Às vezes, a lembrança conforta
N’outras, massacra e violentamente maltrata
Que esperança pode conduzir à vida?
A minha já é morta... é certa... exata...
Já se fez no fim. Já não é mais tida.
Amar quem não está presente?
É isso concebível?
Ausente de todas as formas, sem esperança...
Amar como ama uma criança, sem imposições!
Mas essa saudade, essa luta incessante e mórbida
Me faz delirar em minhas razões
Efêmeras ordens esculpidas no ensejo múltiplo
Seria assim o meu desejo último?
Ter-te novamente em meus braços...
Quando? Nem mesmo o tempo tem essa resposta.
Posto que a morte certa, é posta
Como destino de quem ama
Como derradeira e última decisão imposta!
Te amo... E te amarei para sempre...
Mesmo que esse sempre dure pouco
Mesmo que esse pouco não seja suficiente
Eu te amarei para sempre, como um louco!