Hipoteticamente
Tentei enfeitar meus sonhos
com as purpurinas das fantasias
que imaginei, criei;
o devaneio se fez em pesadelo,
sem enredos, sem formas,
jogados em pautas,
em telas com tintas desbotadas.
Por mais uma vez fui um fracasso,
como tudo que fiz e as vezes faço.
Até um “bom dia” soa errado,
inspira pecado,
desejo,
mas, a cama vira sem beijo
vazia, sem alternativas.
São descritivas,
teoremas,
trechos, matemática, poemas.
Na verdade, cada palavra,
a paz, o sonho, o número
são formas, ficção,
a pena pende, sai da mão,
a dó, prende, inflama, explode no peito.
Tentei formar o perfume,
buscar a fantasia em enfeites,
mas, fui confesso pelo hábito,
perdido no hálito,
no cheiro da noite tão vazia
quanto as que hão de vir.
Tentei enfeitar meus sonhos
com as purpurinas das fantasias
que imaginei, criei;
o devaneio se fez em pesadelo,
sem enredos, sem formas,
jogados em pautas,
em telas com tintas desbotadas.
Por mais uma vez fui um fracasso,
como tudo que fiz e as vezes faço.
Até um “bom dia” soa errado,
inspira pecado,
desejo,
mas, a cama vira sem beijo
vazia, sem alternativas.
São descritivas,
teoremas,
trechos, matemática, poemas.
Na verdade, cada palavra,
a paz, o sonho, o número
são formas, ficção,
a pena pende, sai da mão,
a dó, prende, inflama, explode no peito.
Tentei formar o perfume,
buscar a fantasia em enfeites,
mas, fui confesso pelo hábito,
perdido no hálito,
no cheiro da noite tão vazia
quanto as que hão de vir.