Confessionário
O som não se propaga no céu da minha boca,
na ausência calada do seu nome.
É o primeiro tempo da lacuna aberta.
As meninas que brincam nos olhos
despedem cada noite,
despidas de posse,
da ressurreição de manhãs coloridas.
Quando é tarde faz-se o medo,
se é sombra, vem a luz
que também já não é chama,
na voz que silêncios profana,
que toca a epiderme,
no frio que burila a pele,
no peito que explode de amor.
É o primeiro tempo, de fato,
da peça que quebra no ato
quando o passo cai sem aplauso.
É a mão tremida que fala,
o gesto que passeia no rosto,
a mão molhada escala,
cheiro de saudade, gosto de suor,
sabor de sal amargo,
parágrafo sem definição
no confuso jogo de palavras,
simplesmente tentando o equilíbrio,
transpor orgulhos, metáforas e dizer que,
neste primeiro tempo de saudade, amo...
Amo você.
O som não se propaga no céu da minha boca,
na ausência calada do seu nome.
É o primeiro tempo da lacuna aberta.
As meninas que brincam nos olhos
despedem cada noite,
despidas de posse,
da ressurreição de manhãs coloridas.
Quando é tarde faz-se o medo,
se é sombra, vem a luz
que também já não é chama,
na voz que silêncios profana,
que toca a epiderme,
no frio que burila a pele,
no peito que explode de amor.
É o primeiro tempo, de fato,
da peça que quebra no ato
quando o passo cai sem aplauso.
É a mão tremida que fala,
o gesto que passeia no rosto,
a mão molhada escala,
cheiro de saudade, gosto de suor,
sabor de sal amargo,
parágrafo sem definição
no confuso jogo de palavras,
simplesmente tentando o equilíbrio,
transpor orgulhos, metáforas e dizer que,
neste primeiro tempo de saudade, amo...
Amo você.