Bordos
Para que as gaivotas planem tranquilas,
quando muito fica a solidão
em todo o azul, na credulidade altruísta
que aflora enquanto a terra adormece,
ou finge esquecer que a vida habita.
Para que os pássaros cantem em paz,
fica o silêncio das bombas,
a calada guerra de provérbios,
quando a luz se põe nos sermões omissos,
fundindo em colares pelo espaço.
Para que a noite possa brilhar
quando as fugas roubam a luz,
desfeito se faz tanto azul,
arranjada se faz a moldura
vestindo minha saudade,
cobrindo de papel negro;
tenho que sublimar os sonhos,
sofisticar a natureza.
Para que eu possa esquecer
que você me desfalece,
misturo água ao vinho,
confunde tantas, todas as idéias,
reformas que o tempo busca,
mas, que se perdem nas teias
emaranhadas deste pensamento,
que só pensa em esquecer,
só que nunca, nem tampouco tentou.
Ah, para que eu possa morrer
basta concluir a vida,
respirar mais saudade
e tocá-la pela primeira vez
em meu cântico de poesia.
Para que as gaivotas planem tranquilas,
quando muito fica a solidão
em todo o azul, na credulidade altruísta
que aflora enquanto a terra adormece,
ou finge esquecer que a vida habita.
Para que os pássaros cantem em paz,
fica o silêncio das bombas,
a calada guerra de provérbios,
quando a luz se põe nos sermões omissos,
fundindo em colares pelo espaço.
Para que a noite possa brilhar
quando as fugas roubam a luz,
desfeito se faz tanto azul,
arranjada se faz a moldura
vestindo minha saudade,
cobrindo de papel negro;
tenho que sublimar os sonhos,
sofisticar a natureza.
Para que eu possa esquecer
que você me desfalece,
misturo água ao vinho,
confunde tantas, todas as idéias,
reformas que o tempo busca,
mas, que se perdem nas teias
emaranhadas deste pensamento,
que só pensa em esquecer,
só que nunca, nem tampouco tentou.
Ah, para que eu possa morrer
basta concluir a vida,
respirar mais saudade
e tocá-la pela primeira vez
em meu cântico de poesia.