Revolta
Posso caminhar em qualquer direção,
sou liberto,
livre na decadência dos fatos,
na cadência dos atos.
Posso tocar mão leves, delicadas,
possuir o calor que emana,
ser perdulário sem contar o tempo
que voa escapando nos lençóis do vento.
Posso saborear as alcovas,
romper os véus incrédulos
da credulidade humana.
Posso calar-me à sua voz,
silenciar aos seus olhos
e ao profundo azul.
Há quem diga
que sonhar faz da vida, inimiga,
mesmo que seja o último apelo.
Posso talhar na pedra meu verso,
quebrando tabus,
esculpindo nus,
ainda deflorando sua boca
perfeita ao sorriso omitido.
Posso jogar aos seus pés minha poesia,
mesmo que sejam pisoteadas,
terei recebido nossas diferenças
na nulidade da palavra, pelo calor do corpo,
pisando com desprezo
o que te fiz, tentando ser algo...
Ser poeta.
Posso caminhar em qualquer direção,
sou liberto,
livre na decadência dos fatos,
na cadência dos atos.
Posso tocar mão leves, delicadas,
possuir o calor que emana,
ser perdulário sem contar o tempo
que voa escapando nos lençóis do vento.
Posso saborear as alcovas,
romper os véus incrédulos
da credulidade humana.
Posso calar-me à sua voz,
silenciar aos seus olhos
e ao profundo azul.
Há quem diga
que sonhar faz da vida, inimiga,
mesmo que seja o último apelo.
Posso talhar na pedra meu verso,
quebrando tabus,
esculpindo nus,
ainda deflorando sua boca
perfeita ao sorriso omitido.
Posso jogar aos seus pés minha poesia,
mesmo que sejam pisoteadas,
terei recebido nossas diferenças
na nulidade da palavra, pelo calor do corpo,
pisando com desprezo
o que te fiz, tentando ser algo...
Ser poeta.