Trovinhas adolescentes
Trovinhas adolescentes
Sil Cervantes
A noite vem chegando,
faceira que só,
nem nota cantando,
nem de mim tem dó...
Não percebe que meu peito
apertado, sente falta
do cheiro do nosso leito
da música tocada a flauta...
Noite insensível, inclemente
nem vê, nem percebe
que mente bancando a inocente,
um brilho que a mim não concede...
Noite!
Como poderia ser boa?
Meu amor não está, que açoite!
Eu aqui tão a toa...
Num ato de bondade, por favor
assopra pra ele estas trovinhas
fala sobre minha dor
e até que eu me deite na caminha,
que ele volte a me declarar seu amor!