Trovinhas adolescentes

Trovinhas adolescentes

Sil Cervantes

A noite vem chegando,

faceira que só,

nem nota cantando,

nem de mim tem dó...

Não percebe que meu peito

apertado, sente falta

do cheiro do nosso leito

da música tocada a flauta...

Noite insensível, inclemente

nem vê, nem percebe

que mente bancando a inocente,

um brilho que a mim não concede...

Noite!

Como poderia ser boa?

Meu amor não está, que açoite!

Eu aqui tão a toa...

Num ato de bondade, por favor

assopra pra ele estas trovinhas

fala sobre minha dor

e até que eu me deite na caminha,

que ele volte a me declarar seu amor!

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 14/10/2007
Código do texto: T694080