REPOUSO ABSOLUTO

Consumido por tua voz,

Assim como o canto da sereia,

Estremece o interior que tenho,

Arrancando o tempo que guardo.

Num sono profundo entro,

Na condição de repouso absoluto,

Já não vejo tão perdido,

Quando te vejo num todo.

Uma totalidade de sentido,

A se desprender como folhas,

Da árvore mais eterna vista,

Pelos meus olhos, ao se fecharem.

Parte do mistério!

De uma alma feminina,

Cuja raiz não se encontra,

Nem num campo de puras rosas.

A pétala de um única flor,

Encantada com um beijo,

Das epopéias tão longe escritas,

A qual revela quem sou.

E cai a chuva lá fora,

Não se sabe quando vai...

Despertar uma nova vida,

Após, a desistência da minha filosofia.

A sua alegria,

Envolve horas e minutos!

Deslumbrando um peito aberto,

Que sai de um mundo escuro.

Então, a caverna exibe seu soneto,

Com a luz do amanhecer!

Observo andorinhas voando,

No momento que vir a te conhecer.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 06/05/2020
Código do texto: T6939164
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