Essa caneta
Entre tantas
que o peito lamenta,
existe aquela que a boca
clama,
desliza, reclama,
sem nunca ter tido
nem vindo.
Foram tantas,
mas poucas
feriram as roupas
com os pés.
Foram muitas que levemente
tentaram passear nas trilhas,
nas estradas, a caneta criou.
Poucas, bem poucas,
feriram as roupas
com corpos desnudos,
pelos poemas quase mudos.
Entre tantas,
apenas uma a boca inventa,
grita, lamenta
quase rouca
tentando vislumbrar a nudez,
pisotear as vestes, aquela roupa,
ferindo meus reflexos,
fazendo-me um só entre tantas,
mas, já sem uma sequer.
Entre tantas
que o peito lamenta,
existe aquela que a boca
clama,
desliza, reclama,
sem nunca ter tido
nem vindo.
Foram tantas,
mas poucas
feriram as roupas
com os pés.
Foram muitas que levemente
tentaram passear nas trilhas,
nas estradas, a caneta criou.
Poucas, bem poucas,
feriram as roupas
com corpos desnudos,
pelos poemas quase mudos.
Entre tantas,
apenas uma a boca inventa,
grita, lamenta
quase rouca
tentando vislumbrar a nudez,
pisotear as vestes, aquela roupa,
ferindo meus reflexos,
fazendo-me um só entre tantas,
mas, já sem uma sequer.