Romeu Saquaremense
Nas curvas da jovem Bela, encontro uma cela.
Na alcateia de suas lembranças, noto uma nova dança;
Encoberta de fazeres, um somatório de prazeres.
A retidão de meus desejos, escorregando em meus dedos.
- Alcançá-lo-ei pelas vilas de minha cidade.
- Cabes que me diga, o que a de fazer?
- Subirei pelos montes de pedra, só para que encontre uma destas.
- Sabes que não há levantes, mas lhe aceito como figurante.
Como há de poder nas curvas de Bela estar;
Como há de poder em suas lembranças dançar;
Como há de poder em suas pernas somar, se não há formas de lhe encontrar.
Se Romeu morreu em réu de Orfeu.
Mas Julieta em avareza desleixa a corteja;
Se Romeu fosse Saquaremense, Julieta seria uma onda valente!