Sem rumo
As vezes penso que você,
que você quer quebrar meu silêncio,
fechar a ferida aberta,
trazer de volta o sorriso,
delinear com sua boca a minha,
naquele beijo, o primeiro,
que marca, fica,
sem nunca querer, ser
coberto pelo derradeiro.
As vezes penso que seu mundo
não é igual ao meu,
feitiço oriundo,
vindo das beiras da poesia,
trazido pelos silêncios
nas cercas enfeitadas,
nas escumas guerrilheiras,
nos iates fruitivamente decorados
para viagens em núpcias.
Quase penso que você veio,
chegou de leve,
rolou em meu passo
para quebrar meu silêncio
que já dobrou o ano no tempo
e rola pelo século,
no palco sem espetáculo,
na plateia vazia, sem palmas,
sem toques de mãos,
sem os toques dela, que você,
as vezes, penso, quer quebrar,
sem que eu queira,
sem que eu saiba por que.
As vezes penso que você,
que você quer quebrar meu silêncio,
fechar a ferida aberta,
trazer de volta o sorriso,
delinear com sua boca a minha,
naquele beijo, o primeiro,
que marca, fica,
sem nunca querer, ser
coberto pelo derradeiro.
As vezes penso que seu mundo
não é igual ao meu,
feitiço oriundo,
vindo das beiras da poesia,
trazido pelos silêncios
nas cercas enfeitadas,
nas escumas guerrilheiras,
nos iates fruitivamente decorados
para viagens em núpcias.
Quase penso que você veio,
chegou de leve,
rolou em meu passo
para quebrar meu silêncio
que já dobrou o ano no tempo
e rola pelo século,
no palco sem espetáculo,
na plateia vazia, sem palmas,
sem toques de mãos,
sem os toques dela, que você,
as vezes, penso, quer quebrar,
sem que eu queira,
sem que eu saiba por que.