AMOR PLATÔNICO
Dos espelhos vi teu rosto triste de espelho
Tinhas um semblante pálido como a lua
Voavas o sol e o tempo, bailarina
Em teu ventre havia maçãs de pecado e sono
Estátua de estrelas, tinhas a fidelidade nos lábios
Teus olhos, dois túmulos do Amor e da Calma
Beija-flores te cheiravam, te tiravam o néctar
Tua sombra, peralta, brincava fugindo de ti
Suicidas de amor nadavam em teus cabelos
E tu brincavas, no palácio das trevas, de se esconder
Eras cega ante o orgulho do mundo
Como criança adormecida no colo de Deus
Eras a perfeição no palácio de Deus!
Nunca falei contigo e choro, pois sou tímido e vagabundo!