Filósofo da zona
Farei versos entre tuas coxas
Cantarei com eles teus eflúvios,
Baixinho; Bem próximo ao teu ouvido,
Enquanto te percorro com os dedos.
Neste coito sacrossanto em que labutamos
O mundo se despi e se mostra
Em sua face mais bruta e bela.
Entrelaçados um no outro somos
Um, confundindos em nós mesmos
Sufocados numa mixórdia sacra
De "ais", de desejos...de paixão,
Fogo que queima tuas entranhas,
Altar de Héstia em que coloco a lenha,
Divina parte de mim que traz o outro
Que inda não existi para
Os mesmos rituais de amor...
Se o sagrado está na relação
De mim com o divino objeto
O "onde estamos" é nosso relicário
A cuidar da etenidade desse instante.