Giro da esfera
Se eu pudesse desfazer o feito
do refeito sonho desfeito,
não correria mais atrás do amor.
Daria um jeito, meio sem graça,
para rebuscar nas gavetas,
o perdão tão guardado,
pouco, bem pouco pronunciado.
Mas eu daria um jeito de falar,
de cortar o silêncio,
calar pelo beijo, se fosse o caso,
colar no abraço, talvez por acaso,
rolar pela cama
esquecida da grana,
fatiar o amor, dividir a paixão
somente em dois.
Se eu pudesse teria contido o feito,
antes do beijo, antes do adeus,
cansaria meus pés aos teus,
pelas ruas, bares, esquinas,
nas luzes, luares e manhãs,
nas bebidas, frutas, maçãs,
nos copos, cascas, sorvetes,
cansaríamos lado a lado, para sempre.
Sem saber que a vida rola,
rolaríamos sem saber
pelo amor, por você, por mim.
Olhe, se eu pudesse desfazer,
já o teria, bem antes de lhe falar
de coisas que só dizem respeito
a quem não conseguiu descontrair
o que antes foi feito.
Se eu pudesse desfazer o feito
do refeito sonho desfeito,
não correria mais atrás do amor.
Daria um jeito, meio sem graça,
para rebuscar nas gavetas,
o perdão tão guardado,
pouco, bem pouco pronunciado.
Mas eu daria um jeito de falar,
de cortar o silêncio,
calar pelo beijo, se fosse o caso,
colar no abraço, talvez por acaso,
rolar pela cama
esquecida da grana,
fatiar o amor, dividir a paixão
somente em dois.
Se eu pudesse teria contido o feito,
antes do beijo, antes do adeus,
cansaria meus pés aos teus,
pelas ruas, bares, esquinas,
nas luzes, luares e manhãs,
nas bebidas, frutas, maçãs,
nos copos, cascas, sorvetes,
cansaríamos lado a lado, para sempre.
Sem saber que a vida rola,
rolaríamos sem saber
pelo amor, por você, por mim.
Olhe, se eu pudesse desfazer,
já o teria, bem antes de lhe falar
de coisas que só dizem respeito
a quem não conseguiu descontrair
o que antes foi feito.