SEM DESTINO

Flutuando sem destino

Tenho a alma de menino

E um coração enfartado

Quando vou comprar pão

Sou tomado de paixão

Pela dona do mercado

Cabelos louros escorridos

Pão francês dos compridos

Com manteiga derretida

Olhos azuis da cor do mar

Conta bancária pra eu cuidar

E solteira desimpedida

Com selo de validade vencido

Já tendo todo o dever comprido

E tido molhado os pavios

Que a padeira não se queixe

E que ela não me deixe

Na beira do mar a ver navios!

Escrito as 15:51 hrs., de 02/05/2020 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 02/05/2020
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