Trago em mim...
Trago em mim...
Profundas cicatrizes que causam uma eminente solidão,
Trazidas por atitudes impensadas por mim e por um alguém,
Pois o silêncio é estático,
Trás lembranças e momentos e ao mesmo tempo se despedem,
Em meio a tantas situações, virei fantoche, por deixar esse amor me conduzir,
Deixei se alojar em meu versejar,
Ti fiz meu cúmplice,
O verso a seguir
Fui protagonista enquanto assinei minha própria sentença ,
Então fui além…
me expus, fiz o óbvio, um grande erro,
expressei em versos os maiores medos e os segredos mais temidos e profundos,
então sangrei até o última letra…
Sentir a dor consumindo minh'alma,
Enfraquecendo o belo, o que existia em mim,
Então agonizei e sem forças os versos ficaram inacabados,
a poesia ficou só, enclausurada em uma prisão invisível,
pois a inspiração morreu junto com a última gota de lágrima de sua poetisa.
Mônica Albuquerque
01/maio/2020