Amor Platônico
O vento assubiou, ao passar pela Janela;
Abraçando a cortina bailarina;
Roubando um beijo dela.
Despesa se reaproxima;
E a cortina bailarina
De amor se incendeia.
Com gesto, agradecida;
Ela se dobra;
Em meio aquela platéia;
Que o vento faz na areia.
A cada brisa;
A cortina se renova;
O vento vida livre;
Leva o Mar em altas ondas.
A cortina bailarina;
Quer saltar pela janela;
O vento de volta em volta;
Lindamente majestoso;
Trás de volta a vida dela.
A cortina bailarina;
Com os pés, preso ao varão;
Vai dançando como nunca;
Com os pés, alto do chão.