Feita no poema extinto
Tão hoje, tão ontem,
foi...
a crise que se fez,
como tudo faz quando a vida pára.
Tão nossa, tão vinda,
foi...
como a espera que anseia,
faz alegria quando surge o momento.
Tão chuva, tão sol,
foi...
como o tempo se faz em verão,
bronze pelo corpo, frescor,
calor,
sorvete, coca, cerveja,
boca, abraço, beijo.
Tão linda, tão minha,
foi...
quase rainha
na festa que se fez,
na pausa, a palidez
nua, tão crua, despida
se fez na despedida,
se faz na ausência.
Tão só, tão hoje
é...
a passagem que se faz.
Tão dura, tão feito de nada
e já tão minha sem recusas,
não coisas tão confusas
que foram tão nossas, que ficaram.
Tão hoje, como ontem,
foi... Tão sempre será.