QUE LINDO!
Uma pureza imensa!
Essa paz chegou até mim.
Assisti de perto essa luz intensa,
Nunca tinha visto coisa assim...
Eu não enxergava culpas
Maldade não havia ali.
Um anjo que eu via, sem lupas,
Era um bem que me fazia sorrir.
Não tinha peso!
Eu via uma aura puríssima!
Naquele momento, fiquei indefeso,
Momento nobre, numa hora riquíssima!
Meus braços carregavam luz,
Meu coração estava em paz,
Um brilho de ouro, que reluz,
Recompensa que o céu me traz.
Rostinho angelical!
Meus braços estiveram felizes,
Num cortejo dominical.
Era meu neto que dormia em meus braços,
Seis meses de vida, meus abraços,
Uma criança dormindo, Tão puro!
E assim me curo
De todo mal.
Ênio Azevedo