O choro

Aquele oceano interno

Sofrendo uma tempestade

Perdeu o controle das águas

Transbordou ansiedade.

Sentimentos em revoada

Como aves em bando

Percorrendo a mesma estrada

Sem saber até quando.

Mesmo numa sala fechada

Sem janela nem ventilador

Entre silêncio e calafrios

Ardeu em febre e dor.

Mas não encontrou resistência

A lágrima no rosto ao rolar

Covardia?? Prudência?

Ninguém poderia julgar.

A não ser ele próprio

Se julgando frente a frente

Covarde logo agora?

Se pra todo resto foi valente?

Despiu-se de todo pudor

Era o que o momento pedia

Mas confirmou ser amor

Seja em qual formato for,

O que chamou de covardia.