venha ser minha ruína
doce é o som da boca
cuja ansiedade a tocá-la
me mata lentamente
neste confinamento que ambos
estamos.
as fantasias perambulam
sobre minha cabeça
após me deitar insatisfeito
com as notícias.
do que me adianta as fotos
nos jornais
quando são as palavras que
me satisfazem?
galáxias colidem dentro de mim
e é por isso que existe a confusão
sobre o que estou sentindo,
mas os conflitos entre países
por conta de sua beleza
apenas me esclarecem esses desejos
carnais, me levando aos Campos Elísios
com uma flor, para ti, em meu peito.
guardo seus beijos em uma caixa
para presenteá-la no dia que nos
vermos.
mas enquanto esse dia não chega,
eu volto a esticar minha colcha de
sonhos
costurado com a paciência da noite.