Haverás
Hás de sorrir da minha saudade entre o bailado das folhas de outono, que se perdem pelo chão; assim como me ponho, assim como em pauta disponho toda esta tristeza de ser só.
Só pela vida que fiz, que se entendeu pelas realidades e se fez tão pequenina.
Hás de sorrir por tanta virtude embalsamada pelos elos frágeis, seguras pelos desejos infundados, pelos sonhos que imaginei e vi sucumbido pelas trevas.
Hei de lamentar sua ausência pelas sombras percorridas.
Mas, também hei de ser o que fez, outono em seu sorriso folha seca sob seus pés; e me sentirás em cada momento assim como a sinto, o momento todo, mesmo quando o sorriso vem manchar meu rosto.