Desacorrentados

Quanto amei ou deixei de amar,

é a mesma saudade em mim.

Fernando Pessoa

Sorrisos nos arrastam em fruídos deleites

Onde em úberes lábios se permeiam sonhos

Afivelando prazeres a lúdico pertencimento

Acorrentando acessíveis almas hedônicas

Libertando suspiros bem-aventurados

Acolhendo vida em dadivosa ataraxia

Olhares nos arremetem em éter mútuo

Onde o portal do amor nos transpassa

Nivelando ganância por doces carinhos

Aprimorando o sentir o querer e o se doar

Conjecturando por volições encantadas

Onde reluz vida em álacre cumplicidade

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 23/04/2020
Reeditado em 23/04/2020
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