Integração

 

Os ramos daquela mesma estrada, a volta, a busca pelo nada; as marcas que ficaram pelo pó e a extenuante retomada ao passo primitivo, onde éramos partes daqueles ramos... Daquela mesma estrada.

A chuva então se fez presente, banhou meu corpo, molhou seu rosto, me fiz incrédulo ausente, às poças d’água que se formavam onde os ramos mergulhavam, eram reflexos de uma longa existência.

A noite se fez em quase segundos, a estrada se fez em lama, se fez o silêncio em veículo transportando-nos aos escombros da saudade.

Me fiz em sede, você me alimentou; o sol se fez radiante, ardente, você se volta extenuada, se fez menina, me fiz escravo, seu companheiro; você me fez gente para ver, sentir mais uma caminhada da aurora ao ocaso, da noite pela madrugada... Pela mesma estrada, entre os mesmo ramos.