Engrenagens e combustíveis: Máquina do tempo
Engrenagens e combustíveis: Máquina do tempo
A respiração ficou mais ofegante
O sopro gélido do tempo em minha pele
O coração disparando como um soldado lutando pela própria vida em uma guerra
É assim que me sinto toda vez que releio.
São fragmentos de memórias espalhados em poemas,
Pedaços frágeis de sentimentos eternizados em cada palavra
E toda vez que releio
Minha mente faz suas malas e viaja...
Compasso 4x4, 100 BPM
E um pedaço da minha vida se reprisa em escala de cinza e em completo silêncio.
Alguns amores que sei que senti
Alguns amigos que sei que partiram
Alguns sonhos, algumas loucuras
Aquele momento entre a ida do serviço para o curso.
Um sorriso que teimei em descrever, que sinceramente
Fica mais vivo toda vez que releio...
Aquele primeiro abraço
Aquele ultimo abraço
As palavras em branco
Tudo o que está por de trás das linhas,
Engalfinhada entre as palavras,
Explicita aos meus sentimentos camuflados.
Toda vez que releio,
Uma porta se abre em minha frente
E nem todas me trazem abraços
Nem todas me servem sorrisos
Mas de nenhum desvio meu olhar
Por causa dessas que ainda estou vivo,
Que me sinto vivo
Mesmo depois de desanimar.