Regresso
Retorno domingo na praça, após dez anos de longa espera.
Foi um tempo de saudade de quimera, hoje, volto tímido, sem graça.
O mesmo banco que me acolhia, de fronte a torre da igrejinha.
Meu olhar vagueia, procura a bandinha, o coreto está vazio, nada se ouvia.
E em meio a tanta gente que passa, que me olha, me vê, não me chama, minha ausência, explode, reclama, pela minha tímida volta à praça, pelo mundo distante, tão diferente pela vergonha que senti de ser gente.