Vencidos
Quase não sinto os anseios, que antes me faziam vibrar, que iludiam a monotonia dos dias vencidos, que transformavam as tempestades, as agruras da vida em sonhos buliçosos.
Hoje, que adiantam os anseios, que servem os sonhos, se o mundo me fala uma linguagem, quase que cruel, franca demais, para meu interior cheio de febres azuis, pelos momentos criados naqueles dias, que transcorreram e passaram vencidos?
Hoje é tudo tão claro, que até mesmo o escuro, o negrume da noite foi consumido, sucumbiu ao peso da realidade.
Meus anseios se calam, minha boca não palpita pelas buscas, pelos momentos sonhados.
Hoje fustigo o real, morro nos sonhos, esquecendo-me dos sentimentos... Do amor; vendo meus dias serem vencidos, sem saber quem é o vencedor.