Dia a dia
 
Deslizo pela passarela minha mente é confusa, minhas coisas se calam se fecham pelas manhãs enfumaçadas pelos passos inseguros que me leva, que ladeiam aqueles que ofuscam,  que conturbam as vidas.
Em meio a multidão o breve sorriso... o aceno amigo, a mão milagrosa, a doçura que abranda minhas coisas.
E pelas manhãs enfumaçadas meus suspiros são seguros pelos passos, firmes e absolutos entre as fisionomias que buscam passagens, agora, entre máquinas.
E pelas máquinas que enfumaçam, que ensurdecem as manhãs, escurecendo e emudecendo as tardes, deixo-me levar e transcorro meu dia, sob a doçura que foi legada, naquele beijo que fica até a próxima manhã.