Amor, Amor, Amor...
CURTINDO o isolamento continuo remexendo nos meus trecos e hoje achei uma cópia de um jornalzinho mimeografado dos meus tempos de ginásio e, pasmem, nesse número há uma poesia de minha autoria. Horrível, mas que hoje me alegra porque me faz recordar um tempo que eu era felize não sabia. Vou transcrevê-la:
Amor, Amor, Amor...
Amor, palavra muito dita e repetida
Que causa alegria e também desdita
Mas faz festa entre os lençóis da alcova
E nos alpendres banhados pelo luar
Sempre há um Romeu cantando sua trova
Para uma Julieta na janela de penhoar
O amor é um dínamo que alimenta
As paixões, que as alenta e sustenta
A ele só não concede valor
Os frios de coração
E, claro, o tal psicopata
Ninguém vive de verdade sem amor
Dependemos dele como do ar para respirar
Sem amor, a vida não pulsa
O nao amoroso causa repulsa
O amor dá as cartas e joga de mão
Faz boinha com nosso coração
E nos presenteia com a estrela da manhã.
OBS: O professor de português que selecionava as matérias para o jornalizinho, me chamou e disse: - Seu poema é ruim, rima forçada, sem métrica, mas é engraçado, por isso vou publicar.Ri muito da rima deluar com penhoar. Mas não precisava ter colocado o jabuti. Pergutei qual tinha sido o jabuti,mesmo sabendo. Ele mandou ver: -Você colocou estrel da manhã para me agradar porque vivo falando nesse óema de Bandeira. Era verdade. Mas posei de poeta alguns dias. Inté.