Refúgio
 
Às vezes em que bem pouco pude acalentar nos berços as amadas, que sentiram fluir deste peito rude motivos que as fizeram apaixonadas.
Sim foram poucas as passagens que pela vida me foram legadas, de conter entre os braços imagens sensuais, que me livraram das auras nefastas, trazidas pelos passageiros errantes, ao encontro das volúpias dos momentos azuis, dos finais de noites em alcovas perfumadas.
Ah, quanta saudade inda sinto destas poucas vezes, das imagens semi despidas dos fins de noite, do inicio das manhãs, dos azuis, dos meus azuis, principalmente.
Mas, enfim, as alcovas existem, trajando branco, descobrindo segredos e trazendo saudades e peitos como o meu que fala de amadas, berços e rios em auras, enquanto almas errantes trafegam e se vão levam o que trazem... Apenas existe um rastro imaginário, qual minhas próprias imaginações nas linhas fictícias que foram preenchidas... Pela poesia.