Poesia
 
Cruzei os limites da realidade, fiz então, morada no mundo da fantasia.
Abracei as auras que te abraçaram, beijando as nuvens que escreveram teu nome. 
Recolhi das vestes, das flores o frescor da noite, que lentamente carregava em seus braços corpos despidos de donzelas que acalentavam em teu seio, desejos pelos meus beijos.
Derramei contra a chuva minhas lágrimas, serenas de felicidade; contra os ventos lancei suspiros de alívio da paz reinante.
Foi o meu mundo ao encontro dos sons dos trovões e meus olhos vibraram aos reflexos dos relâmpagos.
Colhi, então, uma imensa saudade, feita nas linhas da minha sonora poesia, pois, minhas lágrimas já faziam barulho na louca e quase desesperada saudade da tua imagem que vive e ficou presa, quando cruzei os limites da realidade.