Festas de harpa
Festas de suras em meu rosto, valsando entre penumbras e confusas coisas, que repentinamente se transferiam ao compassado bailado.
Confusas também, eram as formas, presas entre o lençol que envolvia seu corpo, buliçosamente transgredia a censura, retocando suas curvas, tocando profundamente as harpas que cativas, prendiam minha excitação.
As harpas soavam seu bailado se transformando em toques sutis, de reflexos palpitantes, levando mãos entre si, a desejos; a súplica de ventos, com beijos sob o lenço que cobria suas curvas, lançando-me em abismos, irretocáveis e densos de lampejos... sem as fábulas dos enigmas, sem sonhos perdulários, em meio a festas de harpas.