O DONO DA RUA

Um sono assim me cai

E então que a lucides se vai

E eu mal consigo enxergar

O que vejo a minha frente

E no não mais que de repente

Eu começo titubear

Daqui um pouco tudo passa

Eu deito-me na praça

Num reduto de grama

Depois de meia de cana

Se tudo não me engana

Eu faço ali a minha cama

Eu sou o dono da rua

De onde canto pra lua

E sapeco minha viola

E vou desfilando poesias

É assim todos os dias

Meu chinelo não tem sola

O pé é direto no chão

Divido um pedaço de pão

Com a curuvica de olho amendoado

Que vive ao meu redor

De sua vida eu sem de cor

Eu vivo ébrio e apaixonado!

Escrito as 13:57 hrs., de 18/04/2020 por

Nelson Ricardo Ávila

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 18/04/2020
Reeditado em 18/04/2020
Código do texto: T6921031
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