Mil e uma noites
 
As noites que segredam meus momentos, são amadas, segundos após segundos; são deliciosos os instantes, sob a penumbra, cortina vasta de anseios, faço-me amar e entrego-me a paramnésia.
Ah, momentos de noites quase intermináveis, de fruitivos sonhos segregados à mente humana; que saudade sinto daquelas imagens que só eu conheço, e que foi dividida com a penumbra minha amiga. 
Hoje me escondo dentro da vasta cortina em busca dos véus que faziam meu dormitar sereno, mas tudo é silêncio, vazio, a quietude se torna ruidosa, quase um estrondo de canhão.
E nesta insensatez inquietante, onde o silencio silencia as nuances que cortejavam a penumbra, meu corpo se fecha aos momentos passados num severo e perpétuo sono, sem revelar os segredos que apenas a noite carregou em suas mil e uma transições.