Repouso
 
Imenso lago azul, onde detive meus olhos cansados; depois vieram gaivotas como penas muito brancas, lançando-se nas águas.
Assim repousei meus olhos.
As nuvens levaram ao céu, nuances diferentes, o azul foi manchado, o branco se perfilhou imponente; mesmo assim detive meus olhos, fazendo-os repousar.
A fumaça da fábrica quis antecipar a noite, salpicando o céu com denso negrume; ainda assim repousei meus olhos.
Então os relâmpagos e trovões eclodiram, forte cortina se fez no espaço, se fez a chuva, então meus olhos repousaram sobre a terra sua que se fez molhada.
Retomei meu caminho, rosto cansado, olhos fitos, sedento de afeto, pude debruçar e repousar, já meu corpo cansado, sobre o imenso manto azul que envolvia seu corpo.