APENAS SEI

Num sussurro calado e doído

Sem força e sem esperança

Sem caso , acaso ou ocaso

Eu me curvo a um oceano de dor

que se chama Entrega

E molhada em meu querer

Sôfrega

Serena

Lindamente

Descanso na agônica certeza

que jamais deixarei de amar você.

Não preciso ser amada

Meu coração sabe que nunca precisou.

Assim, eu , solenemente

Olho em nossos olhos

Aqueles que pertencem só a nós

Além de nós

Maior que nós,

Afago nossas mãos

Beijo nossos lábios

Solfejo nossa música

Aconchego nosso cansaço

Fecho as janelas e as portas

E caminho , voando , para a incerteza

De não saber onde pousar

e repousar.

Sem desistir...

apenas, sei.

Vivian
Enviado por Vivian em 09/11/2005
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