Estranha mente, estranha noite
Amor insano,
ela se arruma ante ao espelho.
Amor prematuro,
ele bate na porta antes das 18.
Quais palavras escolher,
quando não sabe nem o que dizer?
Tênue encontro, olhar que se fixa
ante ao infinito do rosto vazio.
O amor é estranho, em suas escolhas.
Através do desespero e do espanto.
Ele ataca aos indefesos
e aos puros de mente.
E esse é, pois, a fonte de minha inspiração
palavras quais noites eu tenho lhe escrito.
(Tudo o que eu tenho, é o amar ao amor,
mas amar é realmente amor?)
Almas abatidas, refúgios inseguros.
O que sobra do tocante aos resíduos?
E que cheira como a morte,
e o renascimento das chamas de suas asas.
Ele balança seus braços e a abraça.
Porque fechar assim os olhos, ela não entende.
Lhe retém o gosto do vazio,
por puro acometimento.
Ele se adentra em suas próprias roupas.
E o que há nesse caminho,
é que não há sentido no destino.