Pautas meus alentos
Não vou me calar aos rumores
que ressoam pelo ar,
são ruídos famintos
que buscam meus ouvidos,
reclamam sua presença,
me acusam, riscam meu rosto,
são traços mal talhados,
vincos que cortam minhas faces.
Não vou me calar,
nem colar
fragmentos do passado
no presente,
oferenda que a vida gratuitamente,
desrespeitosamente cedeu.
Não, não vou me calar
ao embalo dos trapos que ficaram,
retalhos que rebusco nas paredes vazias.
Não, não vou ficar calado
pelo sussurro que grito,
conclama as horas
contínuas, lentas, que caem sem querer
no tempo, no espaço,
sem encontros, nem desencontros,
nada, apenas nada.
Não vou me calar
sem que saibam,
pautas vadias das noites,
das ruas, da poesia
que as amo,
tanto quanto fui
em uma breve hora,
pedaço, partícula, de um qualquer dia.
Não vou me calar aos rumores
que ressoam pelo ar,
são ruídos famintos
que buscam meus ouvidos,
reclamam sua presença,
me acusam, riscam meu rosto,
são traços mal talhados,
vincos que cortam minhas faces.
Não vou me calar,
nem colar
fragmentos do passado
no presente,
oferenda que a vida gratuitamente,
desrespeitosamente cedeu.
Não, não vou me calar
ao embalo dos trapos que ficaram,
retalhos que rebusco nas paredes vazias.
Não, não vou ficar calado
pelo sussurro que grito,
conclama as horas
contínuas, lentas, que caem sem querer
no tempo, no espaço,
sem encontros, nem desencontros,
nada, apenas nada.
Não vou me calar
sem que saibam,
pautas vadias das noites,
das ruas, da poesia
que as amo,
tanto quanto fui
em uma breve hora,
pedaço, partícula, de um qualquer dia.